segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Mensagem de Natal



Coral de surdos junto com o Glee Club cantando "Imagine" de John Lennon. Para quem não conhece, Glee é uma série de televisão americana do género comédia musical, produzida pela FOX. É transmitida pelo Canal Fox no Brasil.

Feliz Natal!

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Decoração Natalícia

  Todos os anos, na E.B.1 do Pinheiro decora-se uma árvore de Natal. Propusemo-nos a ajudar na sua decoração. Foi com entusiasmo que o João Pedro e o António aderiram a esta actividade. Estão, aliás, de parabéns pois fizeram um óptimo trabalho!

Materiais: receita de pasta de farinha para moldar; um copo; uma bacia; um rolo de massa; tinta de spray; tintas de água; pincéis, fita de embrulho e fio dourado; embalagens de chupa-chupas recicladas; papel de embrulho prateado reciclado, botões.

Objectivos da actividade: manusear diferentes materiais e técnicas, controlar a coordenação óculo-manual, desenvolver a motricidade fina, fomentar a linguagem, desenvolver a estruturação espacial, distinguir as cores, desenvolver as capacidades de observação/raciocínio/associação, contactar com formas geométricas, desenvolver o sentido estético; desenvolver a capacidade de preparar, iniciar e organizar o tempo e o espaço necessários à realização de uma tarefa complexa, de forma a conseguir finalizá-la; desenvolver a auto-estima e a valorização pessoal.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

3 de Dezembro: Dia Internacional da Pessoa com Deficiência


  Tendo-se iniciado em 1998, pelas Nações Unidas, surgiu com o objectivo de promover os Direitos Humanos de todas as pessoas portadoras de deficiência, permitindo-lhes conquistar oportunidades iguais às de pessoas não portadoras de deficiência, garantir que pessoas com deficiência possam participar plenamente da vida na comunidade, assegurar que pessoas deficientes tenham voz em programas e políticas que afectam a nossa vida e eliminar a violação dos direitos humanos.
  Todos os anos a sua comemoração se baseia num tema novo, tendo como objectivo a participação da sociedade, tentando aumentar a consciência dos benefícios trazidos pela integração das pessoas com deficiência em cada aspecto da vida política, social, econômica e cultural. No ano de 2006 o tema foi "O dia da E-acessibilidade".
adaptado de Wikipédia, a enciclopédia livre

Histórias diferentes- Personagens com deficiência ganham espaço na literatura infantil e ajudam a combater preconceitos

O Livro como instrumento de Inclusão Social
  A primeira personagem com uma síndrome genética na literatura infantil brasileira surgiu há apenas dez anos. Foi na coleção Meu Amigo Down, com três livros, da jornalista e escritora carioca Claudia Werneck (WVA Editora). Os títulos estão entre os 68 que tratam do tema deficiência, publicados pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil. As histórias de Cláudia são narradas por um menino que não entende por que é que o seu amigo com Down enfrenta situações tão delicadas na escola, em casa e na rua. "O livro também é um instrumento de inclusão social e favorece a formação de uma geração mais atenta à diferença e mais apta a lidar com ela", afirma Cláudia. Os seus livros infantis foram traduzidos para o inglês e o espanhol, são recomendados pela Unesco e Unicef e adoptados por diversas escolas públicas e particulares brasileiras.
Amigos especiais 
  Personagens que não vêem ou que não andam também estão nos livros infantis, como nas histórias da colecção Amigos Especiais, da Melhoramentos. A do livro A Felicidade das Borboletas, por exemplo, é a bailarina cega Marcela. Ela fala da sua emoção ao apresentar-se no palco pela primeira vez vestida de borboleta. Em O Grande Dia, o protagonista é Rodrigo, um menino deficiente físico. Ele não pode jogar futebol, mas participa no campeonato da sua turma como técnico. "Os personagens falam das suas dificuldades e de como encontraram o melhor jeito de fazer o que gostam", explica a autora dos dois livros, Patrícia Engel Secco. "A criança com deficiência gosta de se ver nos livros e isso é importante para sua auto-estima", diz a escritora.
  No livro mais recente da série da Melhoramentos, Um Dia Especial para Laurinha, a personagem tem baixa visão e prepara-se para o seu primeiro dia de aulas. "O foco da história não é a deficiência, o que faz com que qualquer criança se identifique com Laurinha, em vez de pensar ‘ainda bem que não sou assim!’", destaca uma das autoras da obra, a psicóloga Ana Lucia Bastos. Segundo ela, livros como o seu também servem para os pais. "Muitas vezes, eles não sabem explicar ao filho o que é o preconceito. As histórias ajudam a elaborar a questão", diz Ana Lúcia.
  Em A Flauta do Sótão, da Paulus Editora, a criança deficiente que não fala encontra outra forma de expressão. O herói da história é o menino Reinaldo, que aprende a falar por meio da música ao encontrar uma flauta mágica. "Ser chamado de mudinho pelos outros garotos fez Reinaldo ir para a frente. Mostro que na dificuldade é possível criar forças e a flauta coloca em acção as forças que o menino tinha. Ele podia ser quem era com ou sem deficiência, só dependia de ele querer e ter oportunidades", ressalta a autora Lúcia Pimentel Góes, professora de literatura infanto-juvenil da Universidade de São Paulo (USP).
  Um grito também pode abrir caminho para o deficiente como mostra o livro Patrícia (Editora Brinque-Book), do australiano Stephen Michael King. A personagem tem pensamentos incríveis e quer encontrar alguém para compartilhá-los. "Patrícia não fala até o momento em que está tão cheia de ideias que elas precisam sair. Ela consegue isso com um berro e aí solta os pensamentos", conta King, explicando que parte do enredo veio da própria experiência de ser parcialmente surdo, ter ideias e dificuldade de conversar sobre elas por não ouvir o que as pessoas respondiam. "Dentro de mim havia um rugido de leão. Tudo o que queria era que as pessoas entendessem isso e parassem para me ouvir. O que as crianças têm a dizer é muito valioso e os adultos precisam ouvi-las. Por isso, todas as crianças podem se identificar com a história de Patrícia."

Tudo bem ser diferente!

Vídeo "tudo bem ser diferente" baseado no livro Todd Parr (Panda Books)

"Cada cidadão é consciente de sua responsabilidade na construção de um mundo que dê oportunidade para todos. Jovens crescerão convictos de que se relacionar com pessoas deficientes não é favor, mas troca."
Claudia Werneck, jornalista e escritora
(Jornal do Brasil, Sábado, 14/09/96)

Era uma vez um menino que falava notas de música

  Com a colaboração de todos os meus alunos, autores e ilustradores, esta pequena história foi-se compondo ao longo do mês de Novembro. É a história de um menino que falava notas de música que se amontoavam por todo o lado, o que fez com que todos os seus amigos se afastassem. De tão triste que estava, o menino, diferente dos outros meninos, deixou de falar.
  Apresento-a nesta data importante para deixar a mensagem de que pode haver igualdade na diferença. Agradeço ao meu filho Gabriel, de 4 anos, pela ajuda no trabalho de colagem.

Era uma vez... a família e a diferença

  Convidei as famílias dos meus alunos a participar numa actividade de produção escrita. A actividade realizou-se ao longo dos meses de Outubro e Novembro e consistiu na criação de uma pequena história sobre a diferença. O texto foi passando de família em família e cada agregado familiar empenhou-se em dar continuidade à história. Habituados a lidar com as diferença no dia-a-dia, esta foi, a meu ver, uma oportunidade para partilhar ideias e sentimentos e perceber que estamos todos juntos nesta batalha pela verdadeira inclusão destas crianças. Desde já lhes agradeço pelo esforço e empenho. Bem-hajam!
  Apresento-vos, então, a história que se segue:


                            Era uma vez um menino diferente dos outros meninos
  Era uma vez um menino diferente dos outros meninos que se chamava João. O João frequentava a escola pela primeira vez. Como não conhecia ninguém, estava sempre sozinho durante o recreio. Por várias vezes, tentou fazer amizade com alguns meninos, mas não resultou. Ficou triste por ninguém querer brincar com ele e achou que era por ter umas enormes manchas vermelhas na cara. O João era um menino muito doente mas, mesmo assim, era uma criança alegre.
  Quando a mãe o via chegar tão triste, perguntava-lhe como tinha corrido a escola e ele explicava que estava triste porque os meninos não queriam brincar com ele.
- Portaste-te bem?- perguntava a mãe.
- Sim, mãezinha, portei-me bem mas os meninos não gostam que lhes faça cócegas com os dentes…
  Os pais do João também andavam tristes ao vê-lo assim tão nervoso e triste, até que o menino, que era diferente dos outros meninos, aprendeu a brincar. Agora, já quase todos os meninos queriam brincar com ele!

Autores (pela ordem de redacção):
Família da aluna Ana Marques, 3º ano, E.B.1 da Sr.ª do Monte
Família da aluna Inês Alves, J.I. da Sr.ª do Monte
Família do aluno João Pinho, 2º ano da E.B.1 do Pinheiro
Família do aluno Gabriel Pereira, 1º ano da E.B.1 da Póvoa

Recursos sobre a diferença

    Apresentei, numa das publicações anteriores, alguns livros infantis que abordam o tema da diferença. Deixo-vos, pois, dois recursos em apresentação slide.
    Em O Grande Dia, da autora Patrícia Engel Secco, o protagonista é Rodrigo, um menino deficiente físico. Ele não pode jogar futebol, mas participa no campeonato da sua turma como técnico. "Os personagens falam das suas dificuldades e de como encontraram o melhor jeito de fazer o que gostam", explica a autora. "A criança com deficiência gosta de se ver nos livros e isso é importante para sua auto-estima", diz a escritora. 

Patricia Engel Secco - O Gde Dia

  A personagem principal do livro infantil A Felicidade das Borboletas, da mesma autora, é a bailarina cega Marcela. Ela fala da sua emoção ao apresentar-se no palco pela primeira vez vestida de borboleta. 

Outras Sugestões
A Felicidade das Borboletas - Série Amigos Especiais (Patrícia Engel Secco, Editora Melhoramentos). A partir de 6 anos.
Colecção Meu Amigo Down (Claudia Werneck, WVA Editora). A partir de 6 anos.
Um Amigo Diferente? (Claudia Werneck, WVA Editora). A partir de 6 anos.
A Flauta do Sótão (Lúcia Pimentel Góes, Paulus Editora). A partir de 6 anos.
Um Dia Especial para Laurinha - Série Amigos Especiais (Ana Claudia e Ana Lucia e Bastos,Editora Melhoramentos). A partir de 6 anos.
Patrícia (Stephen Michael King, Editora Brinque-Book). A partir de 6 anos.
Meninos e Meninas do Mundo (Núria Roca, Ed. Caramelo). Diferenças de raça, religião e físicas. A partir de 3 anos.
Orelha de Limão (Katja Reider, Ed. Brinque-Book), sobre uma ovelha diferente. A partir de 6 anos.
Esta é Sílvia (Jeanne Willis e Tony Ross, Ed. Salamandra), sobre deficiência física. A partir de 6 anos.
O Menino Que Via com as Mãos (Alexandre Azevedo, Ed. Paulinas). A partir de 5 anos.
O Menino e a Foca (Michael Foreman, Ed. Ática), sobre amizade e deficiência física. A partir de 8 anos.
adaptado de http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI16547-15159,00.html

Para conhecer outra literatura infantil relacionada com inclusão aceda a
http://www.reviverdown.org.br/pagina_aprendiz_LivrosFilmes.htm
Boa leitura!